Parasita da malária esconde-se durante época seca no corpo humano
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A malária causa todos os anos mais de 200 milhões de casos clínicos e provoca a morte de mais de 400 mil pessoas, na sua maioria crianças com menos de 5 anos.
O parasita que transmite a malária é transportado por mosquitos que, quando picam alguém criam um círculo de transmissão entre seres humanos e mosquitos.
No entanto para esse esquema funcionar, são necessário mosquitos que aparecem sobretudo nas épocas chuvosas.
Uma equipa de investigadores dirigida pela Dra Sílvia Portugal, partiu da seguinte pergunta: «Durante as épocas secas, o que ocorre? O parasita desaparece ou fica em «hibernação»? E se for a segunda hipótese, onde pode ficar?»
A resposta após 4 anos de investigação, várias viagens a Bamaco, a capital maliana, para estudar um grupo de voluntários, é simples e complicada ao mesmo tempo: o principal parasita da malária, o Plasmodium falciparum, sobrevive no corpo dos seres humanos, sem causar sintomas da doença, e espera pela estação chuvosa, com o consequente regresso dos mosquitos.
Em entrevista à RFI, Sílvia Portugal, investigadora portuguesa a trabalhar na Alemanha, no Instituto Max Planck em Berlim, explicou-nos os resultados da investigação, admitindo que todos estes avanços podem ser favoráveis para perceber melhor como age o parasita e poder combatê-lo.
Sílvia Portugal, investigadora portuguesa
A Dra Sílvia Portugal, cientista portuguesa, liderou o projecto sobre o parasita da malária, isto em colaboração com cientistas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos e com a equipa do Dr. Boubacar Traoré da Universidade de Ciências, Técnicas e Tecnologias de Bamaco.
CIÊNCIA 17-11-2020 MM
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