São Tomé e Príncipe: parlamento chumba moção de censura da ADI
O parlamento são-tomense chumbou esta sexta-feira, 31 de Julho, com 28 votos de rejeição a moção de censura contra o governo de Jorge Bom Jesus, apresentada por um grupo de 14 deputados da ADI, maior partido da oposição, mas minoritário na Assembleia Nacional, face à coligação que governa o arquipélago.
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Os 28 votos emanaram da maioria que sustenta o governo de Jorge Bom Jesus, com 23 votos de rejeição da moção de censura do MLSTP-PSD e 5 da coligação PCD-MDFM-UDD, 24 votos contra da ADI e 3 abstenções: 2 do Movimento Caué e uma no seio da própria ADI.
O primeiro-ministro Jorge Bom Jesus manifestou a sua satisfação afirmando que "é um duplo ganho para o governo, que sai duplamente com confiança, mas também é um ganho para a nossa democracia".
Esta mesma maioria de 28 deputados aprovou a 28 de Julho o orçamento rectificativo destinado a fazer face ao impacto da pandemia de Covid-19 na economia do arquipélago.
Orçado em 131 milhões de euros, este orçamento depende em mais de 96% da ajuda financeira internacional, com destaque para o Banco Mundial, FMI, União Europeia e outros parceiros bilaterais.
Na ocasião o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus dissse que a taxa de inflação deve atingir os 8% do PIB, que a economia deve retrair de 6%, mas que nada impedirá o esforço nacional no combate à pandemia de Covid-19, que já causou 15 mortes no arquipélago e 870 infecções, entre as quais 771 pacientes recuperaram.
Jorge Bom Jesus garantiu ainda que serão efectuados investimentos fortes em todo o sistema de saúde do arquipélago.
O governo são-tomense prolongou por mais 15 dias a partir de sábado 1 de Agosto a situação de calamidade pública, para tentar conter a propagação da pandemia.
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