Chefe de Estado são-tomense apela à contenção face à crise institucional
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Esteve reunido hoje o Conselho Superior de defesa presidido pelo chefe de Estado são-tomense, esta entidade tendo apelado à contenção face à crise institucional vigente em torno do caso Rosema e da decisão contestada de se exonerar os juízes do Supremo Tribunal que decidiram entregar a cervejeira ao empresário angolano Mello Xavier, um contencioso que colocou alguns magistrados e oposição de um lado e o governo do outro.
O Conselho Superior da defesa nacional apelou à população para não se mergulhar no desacato e distúrbio que ponham em causa a ordem pública do país.
Presidido por Evaristo Carvalho, chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, o Conselho deu anuência ao governo para efectuar diligências de promoção nas Forças Armadas de São Tomé e Príncipe.
O seu porta-voz, coronel, João Bexigas, disse que o Conselho analisou, igualmente, o caso do tenente-coronel que baleou mortalmente a sua mulher.
Os partidos da oposição decidiram adiar sem data a manifestação que estava prevista para esta sexta feira. A oposição argumenta o facto dos novos desenvolvimentos, nomeadamente, a reunião do governo com o corpo diplomático acreditado em São-Tomé e Príncipe e o resultado do encontro entre o Presidente da Assembleia Nacional e os três juízes jubilados.
A oposição afirma aguardar o posicionamento do governo face este adiamento aludindo a resolução que destituiu os três juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça.
Entretanto, em declarações esta quinta-feira a imprensa, Nino Monteiro, garantiu que a fábrica Rosema, que está no pomo da discórdia sobre a justiça, retomou a sua produção sublinhando que na próxima terça-feira as cervejas estarão no mercado.
Este facto deve-se a orientação do juiz de Lembá distrito situado a norte da ilha
de São-Tomé que decidiu a cervejeira permanecesse com os irmãos Monteiro.
Os irmãos Monteiro, anunciaram entretanto, a sua retirada do MLSTP-PSD, partido ao qual estavam vinculados há mais de três décadas, como nos explica o nosso correspondente em São Tomé e Príncipe Máximino Carlos.
Correspondência de Máximino Carlos
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