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“Temos que vencer o Pan-Americano para classificar para Paris 2024”, diz goleiro Rangel

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Na expectativa de nova convocação para a seleção de handebol que vai disputar o Pan-Americano, em outubro, o goleiro Rangel Rosa aposta na vitória do torneio intercontinental para o Brasil carimbar sua vaga para as próximas Olimpíadas. Desde que se mudou para a França, em junho, seu objetivo também é se destacar em uma das principais ligas nacionais da Europa.

O goleiro do Brasil, Rangel Rosa, durante a partida do Grupo II do Campeonato Mundial de Handebol Masculino IHF entre Portugal e Brasil em Gotemburgo, Suécia, em 18 de janeiro de 2023.
O goleiro do Brasil, Rangel Rosa, durante a partida do Grupo II do Campeonato Mundial de Handebol Masculino IHF entre Portugal e Brasil em Gotemburgo, Suécia, em 18 de janeiro de 2023. AFP - ADAM IHSE
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Desde que foi contratado pela equipe francesa do San Raphaël, Rangel Rosa vive uma nova experiência e desafio na carreira. Ele jogou na Romênia e vários anos por diferentes clubes espanhóis antes de chegar à cidade do sul da França.

“A França é uma liga muito forte no mundo do handebol. Para mim foi uma oportunidade muito grande”, diz o goleiro de 27 anos, satisfeito por assinar um contrato de dois anos, até 2025.

“É uma liga muito competitiva e com jogadores internacionais de altíssimo nível, o que me obrigado a dar um salto também”, constata.  

Rangel se destacou em outra liga europeia forte, a da Espanha. Com o clube Granollers chegou à final da última Liga dos Campeões, perdida para o time alemão Berlin. Mas a trajetória surpreendente da equipe espanhola fez o goleiro brasileiro entrar na mira de grandes clubes europeus.

A proposta do Saint Raphael atraiu Rangel e o colocou diante de um grande desafio, que aborda sem pressão: substituir o goleiro Vincent Gerard, titular da seleção francesa e um dos maiores nomes desta posição no país. “Ele é o primeiro goleiro da seleção, então é uma motivação a mais para tentar chegar ao nível que ele conseguiu chegar”, afirma o brasileiro, que desembarcou na França com o status de estrela, segundo a imprensa local.

Bendeguz Boka (nº 7), da Hungria, face ao goleiro brasileiro Rangel Luan da Rosa (à direita) durante a partida do Grupo II do Campeonato Mundial de Handebol Masculino entre Brasil e Hungria em Gotemburgo, Suécia, em 20 de janeiro de 2023.
Bendeguz Boka (nº 7), da Hungria, face ao goleiro brasileiro Rangel Luan da Rosa (à direita) durante a partida do Grupo II do Campeonato Mundial de Handebol Masculino entre Brasil e Hungria em Gotemburgo, Suécia, em 20 de janeiro de 2023. AFP - ADAM IHSE

Ganhar o Pan-Americano

Rangel Rosa disputa a liga francesa de clubes, dominada nos últimos anos 10 anos pelo Paris Saint-Germain, mas sem deixar de se preocupar com o futuro da seleção brasileira.

Nos últimos anos, a seleção masculina vem apresentando maus resultados, como o 17° lugar no Mundial de janeiro deste ano. O desempenho reflete problemas enfrentados na organização da modalidade, segundo o goleiro.

“Estamos em um momento bastante difícil, sem tanto apoio como a gente teve antes dos Jogos Olímpicos do Rio. Baixamos bastante o nosso nível. Temos que rever várias coisas para voltar a ter resultados expressivos”, afirma, destacando a necessidade de mais recursos para a modalidade no Brasil.

“Sem investimentos, fica difícil se manter. Precisamos de investimento na base para garantir um futuro melhor”, diz.

Rangel Rosa aposta nos próximos Jogos Pan-Americanos, previsto para outubro no Chile, para a seleção brasileira conseguir a sonhada classificação para os Jogos de Paris 2024. O torneio vai reunir as 10 melhores equipes da região e o vencedor carimba sua vaga.

Argentina e Chile estão entre as equipes mais difíceis na rota do Brasil, segundo o goleiro. “Temos que ganhar o Pan-Americano para classificar direto. Não vai ser fácil: teremos a Argentina e o Chie como rivais. Mas temos essa responsabilidade de ganhar, de fazer bons jogos e levar o título”, destaca.

Caso não vença o torneio, a seleção brasileira deverá disputar um torneio pré-olímpico com quatro equipes, sendo duas europeias, para disputar as vagas restantes para os Jogos Olímpicos”. “Será muito mais difícil”, antecipa.

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