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Theatro Municipal de São Paulo celebra centenário da Semana de Arte Moderna de 22

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Este mês marca o centenário da Semana de Arte Moderna, evento que reuniu os principais nomes do movimento modernista do Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo, principal palco da manifestação que buscava romper com o conservadorismo da época, organiza uma programação especial para relembrar a data.

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O Theatro Municipal de São revive a efervescência da Semana de Arte Moderna, que completa 100 anos
O Theatro Municipal de São revive a efervescência da Semana de Arte Moderna, que completa 100 anos © Stig Lavor / Divulgação
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A partir desta semana o Theatro Municipal relembra a efervescência desse festival artístico, quando nomes como Heitor Villa-Lobos, Anita Malfatti e Oswald de Andrade se reuniram para contestar o statu quo da arte no Brasil. Entre 10 e 17 de fevereiro, os corpos artísticos da instituição se mobilizam em uma programação que continua pelo resto do ano, com 11 títulos de óperas, 28 concertos sinfônicos e obras inéditas.

“Cada um dos seis corpos artísticos do teatro fez uma programação específica, que traz alguma coisa da Semana, mas também dos ecos da Semana”, explica Andrea Caruso Saturnino, diretora-geral do Complexo Theatro Municipal. “Mas estamos colocando um olhar de hoje. Pensamos no que estava se rompendo naquela época e quais são as necessidades de rompimento hoje. Quais as fendas que ficaram naquele momento, que perduraram um século e continuam com a necessidade de inserção diferente nas artes”, detalha.

Dessa forma, mesmo se eventos tradicionais são previstos, como a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo que faz apresentações com um programa completo das Bachianas de Heitor Villa-Lobos, nomes da arte contemporânea, como a artivista Chris Tigra, cobre a fachada principal do prédio histórico com a instalação artística Recostura. A obra fica exposta até 10 de março.

Andrea Caruso Saturnino, diretora-geral do Complexo Theatro Municipal.
Andrea Caruso Saturnino, diretora-geral do Complexo Theatro Municipal. © Adriana Brandão / RFI

A presença de atrações como Dona Onete, vinda do Pará, que faz um show de carimbó na sexta-feira (11), também mostra o desejo de diversidade dos organizadores, que pretendem ir além da produção artística paulista. “A Semana de arte moderna foi um movimento urbano, mas também bastante elitista”, lembra Andrea Caruso Saturnino, que promete propor algo diferente.

A programação também vai além dos muros de teatro, com uma Expedição Modernista, que propõe, no dia 12 de fevereiro, uma deambulação pelo centro da cidade, fazendo paradas e realizando atividades em equipamentos culturais como a Casa da Imagem a Biblioteca Mário de Andrade, ou o próprio Theatro Municipal.

Ouça a entrevista completa clicando acima.

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